O YouTube modificou seus termos de uso, e agora proíbe a publicação de vídeos que ensinam os espectadores a acessar plataformas de streaming (como o Netflix ou Spotify) sem pagar ou a piratear jogos e software.
A mudança foi revelada em um relatório enviado ao parlamento inglês detalhando as medidas anti-pirataria adotadas pela empresa. Uma das principais frentes é o combate aos “stream rippers”, sites que permitem baixar conteúdo do YouTube e outros serviços.
A empresa recentemente moveu um processo contra o site youtubeconverter.io, alegando que o serviço usa sua marca registrada de má fé e que viola seus termos de serviço. No processo, ela pede que o domínio associado ao serviço seja colocado sob seu controle.
Outra mudança mencionada é a proibição de vídeos que mostram às pessoas como acessar conteúdo pago gratuitamente. “No início deste ano, agimos com base nas preocupações que tínhamos ouvido das partes interessadas da indústria de conteúdo para atualizar nossas Diretrizes Comunitárias, proibindo explicitamente vídeos ‘how-to’ que mostram aos usuários como obter acesso gratuito não autorizado a conteúdo musical que normalmente requer pagamento”, explica o YouTube.
O YouTube tem tutoriais sobre qualquer assunto. Infelizmente, isso também inclui a pirataria. Imagem: Daniel Krason / Shutterstock
Uma investigação do site TorretFreak mostra que em algum momento por volta de setembro do ano passado, o YouTube modificou sua política de conteúdo perigoso e acrescentou o seguinte trecho à lista do que é proibido, que abrange mais do que apenas música.
“mostrar aos espectadores como usar apps, sites ou outras tecnologias da informação para conseguir acesso gratuito não autorizado a conteúdo de áudio, conteúdo audiovisual, jogos completos, softwares ou serviços de streaming que normalmente exigem pagamento”.
O YouTube ainda está repleto de tutoriais sobre pirataria, mas esta modificação permite à empresa agir contra vídeos que não infringem diretamente os direitos autorais de um produtor de conteúdo.
Segundo o TorrentFreak, ainda não está claro se a empresa agirá pontualmente sobre os casos identificados, ou se planeja uma “limpa” no conteudo.
Comparando as antigas diretrizes da comunidade com as novas, outra modificação se destaca: o YouTube agora proíbe explicitamente também vídeos relacionados à “trapaças”. O novo trecho diz:
“Instruções sobre roubos ou trapaças: conteúdo que mostra aos espectadores como roubar bens tangíveis ou promove comportamento desonesto”.
No passado várias empresas de jogos, incluindo a Epic Games, produtora de Fortnite, entraram com processos de violação de direitos autorais contra trapaceiros que exibiam suas ferramentas no YouTube.
Fonte: Olhar Digital