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Depois do uso desse produto, é fundamental esperar um tempo antes de acender o fogão, churrasqueira ou até cigarro. As queimaduras podem ser sérias e merecem atenção, principalmente com as crianças.
Na última semana, um vídeo viralizou nas redes sociais e chamou a atenção para um assunto importante: riscos de queimaduras depois do uso de álcool gel. Na gravação, nada parecia estar acontecendo com um álcool gel dentro de um recipiente até que uma folha de papel é aproximada e queima em questão de segundos. Wagner Contreras, conselheiro do Conselho Federal de Química e gerente de fiscalização do Conselho Regional de Química de São Paulo, padrasto de Thales e pai do Thomas, afirma que o vídeo é verdadeiro e alerta para os riscos na hora de usar esse produto nas mãos.
O especialista começa lembrando algo muito importante: “Dentro de casa é ideal que as pessoas estejam com as mãos sempre lavadas com água e sabão. O álcool gel tem sido um complementar, principalmente quando se está fora de casa”. Por isso, quando for necessário utilizar esse produto, é fundamental seguir alguns cuidados, uma vez que ele é inflamável e, principalmente, porque as pessoas estão usando em grande quantidade e a todo momento.
Queimaduras e álcool gel
“É possível se queimar após o uso do álcool gel. Por exemplo, se você acaba de passar mas não espera um tempo para evaporar e vai logo para o fogão, pode sofrer alguma queimadura com o resíduo que ainda está na mão, e, dependendo da quantidade, ela pode ser séria”, alerta. Dessa forma, depois de espalhar o produto não vá até o forno ou churrasqueira e nem acenda um cigarro. Esperar algum tempo pode fazer toda a diferença.
A principal questão, como aponta o vídeo que circulou no WhatsApp é a ausência de chama em queimaduras de álcool gel. “O álcool na forma líquida evapora mais rapidamente e esses vapores, no momento em que aciona a chama, também sofrem combustão, fazendo com que a chama vá alto. No gel, essa chama é muito baixa, quase imperceptível e, por isso, as pessoas não notam que ali há um foco de fogo”, pontua. Kátia Zutin, química, mãe de Arthur e Daniel, garante: “Porém, após o uso, com as mãos secas, o risco é praticamente nulo”.
Por: Pais e Filhos