Equipe Mercedes desenvolve respirador para pacientes com coronavírus em cinco dias
Saúde
Publicado em 30/03/2020

Fábrica da Mercedes, em Brixworth, na Inglaterra — Foto: Divulgação

 

Em parceria com universidade de Londres, hexacampeã de F1 tem aparelho aprovado pelo sistema nacional de saúde do Reino Unido; mil aparelhos devem ser produzidos por dia

 

Atual hexacampeã mundial de Construtores na Fórmula 1, a Mercedes desenvolveu em apenas cinco dias, num trabalho conjunto com a Universidade College de Londres, um respirador para ser utilizado por pacientes com coronavírus. O aparelho foi aprovado pela NHS, o sistema nacional de saúde do Reino Unido.

 

Paciente usa respirador no hospital — Foto: Divulgação

É o primeiro dispositivo desenvolvido por uma equipe de Fórmula 1 desde que passou a haver uma atuação conjunta após uma convocação extraordinária do governo local. Além da Mercedes, outras seis equipes com sede no país estão colaborando em áreas como prototipagem rápida, design e testes para o desenvolvimento de aparelhos que ajudem nessa pandemia de Covid-19. O trabalho está sendo chamado de "Project Pitlane".

 

O aparelho desenvolvido pela Mercedes se chama Continuous Positive Airway Pressure (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas, em português) e ajudará pacientes com problemas graves de respiração. Com a aprovação do sistema, a estimativa é de que mil aparelhos possam ser fabricados por dia. Chefe de alta performance da Mercedes, Andy Cowell comemorou:

 "A comunidade da Fórmula 1 mostrou uma resposta impressionante ao pedido de apoio, reunindo-se no coletivo "Project Pitlane" para apoiar a necessidade nacional neste momento em vários projetos diferentes"

 

 

Andy Cowell é chefe de alta performance da Mercedes — Foto: Getty Images

Já o professor Tim Baker, do departamento de engenharia mecânica da universidade, exaltou o fato de que um projeto desses teoricamente levaria muito mais tempo para ser desenvolvido:

 

- Dada a necessidade urgente, somos gratos por termos conseguido reduzir um processo que poderia levar anos para questão de dias. Como recebemos o resumo, trabalhamos todas as horas do dia, desmontando e analisando um dispositivo não patenteado. Usando simulações em computador, aprimoramos ainda mais o dispositivo para criar uma versão de ponta adequada à produção em massa. Tivemos o privilégio de poder recorrer à capacidade da Fórmula 1.

 

Por GloboEsporte.com — Londres, Inglaterra

 

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