Foto: Joe Traver/Reuters/Arquivo
Morreu hoje o rapper norte-americano DMX, aos 50 anos, segundo informações da AP (Associated Press).
Em nota, a família confirmou a morte e homenageou o cantor, cujo nome de batismo era Earl Simmons. "Earl foi um guerreiro que lutou até o fim. Ele amava sua família de todo o coração e valorizamos os tempos que passamos com ele", diz o texto.
“A música de Earl inspirou incontáveis fãs em todo o mundo e seu legado icônico viverá para sempre. Agradecemos todo o amor e apoio durante este momento incrivelmente difícil. Por favor, respeite nossa privacidade enquanto lamentamos a perda de nosso irmão, pai, tio e o homem que o mundo conhecia como DMX.”
Na sexta-feira passada (2), o artista teve um ataque cardíaco desencadeado pela overdose, e foi levado rapidamente para um hospital em White Plains, no estado norte-americano de Nova York.
Após ficar quase meia hora sem oxigênio, DMX chegou ao hospital com poucas funções cerebrais ativas e não vinha apresentando melhora.
DMX luta contra o uso de abusos de drogas desde a adolescência e já passou por algumas internações para reabilitação. Em 2018, ele foi preso após ser flagrado em um exame toxicológico. Na ocasião, ele testou positivo para opiáceos, cocaína e oxicodona.
Trajetória
DMX foi um dos principais rappers da prolífica cena de hip hop de Nova York dos anos 90. Ele fazia um som pesado com letras agressivas sobre a realidade das ruas.
Ele cresceu em Nova York e teve uma infância marcada por abusos familiares e problemas com a polícia.
No início dos anos 90, ele se tornou mais ativo na cena e colaborou com artistas como Jay-Z, LL Cool J e Ja Rule. Ele se destacou com letras sobre violência e ficou famoso no final da década.
Entre 1998 e 2003, cinco de seus álbuns estiveram no topo das listas de vendas nos Estados Unidos, especialmente a estreia "It's Dark and Hell is Hot", e a sequência "... And Then There Was X".
Entre as músicas de maior sucesso dele estiveram "Get me a dog" (1998), "Party Up (Up in Here)" (2000) e "Money, Power & Respect", com The Lox e Lil' Kim (1998).
No meio da década passada, seu sucesso diminuiu e ele teve diversos problemas com o uso de drogas e com a justiça.
Em 2015, ele foi condenado a seis meses de prisão por não pagar US$ 400 mil de pensão alimentícia. Ele também foi detido em 2013 por posse de maconha, e em 2011 foi libertado após 11 meses de prisão por violação de condicional.
Em 2018, o rapper americano foi preso após ser flagrado em um exame toxicológico. Na ocasião, ele testou positivo para opiáceos, cocaína e oxicodona.
Quando foi detido, DMX estava em liberdade condicional depois de ter se declarado culpado de sonegação fiscal por não ter pago US$ 1,7 milhão em impostos.
DMX também teve uma carreira como ator. Ele contracenou com Steven Seagal em "Rede de Corrupção" (2001) e com Jet Li em "Contra o tempo" (2003) e "Romeu tem que morrer" (2000). Os três filmes foram dirigidos pelo polonês Andrzej Bartkowiak.
Overdose não confirmada oficialmente
Murray Richman, advogado do artista há 25 anos, confirmou no início de abril a parada cardíaca do rapper, mas disse não ter informações sobre a causa.
Fãs do artista se reuniram durante a semana para orações no local e acenderam velas no local.
Por: Splash, São Paulo via Uol/G1