Foto: Divulgação/Cultura Inglesa Festival)
Apresentação faz parte do projeto (RE)Versões do festival - e, em entrevista à Rolling Stone Brasil, a cantora falou sobre a importância dos Beatles na vida e carreira dela.
(RE)Versões é um dos projetos que integra a extensa programação da 24ª edição do Cultura Inglesa Festival. Nele, diversos incríveis artistas brasileiros farão releituras de obras famosas do mundo anglófono nos gêneros da música, literatura e dança. É o caso de Blubell.
No dia 12 de março, às 21 horas, para o (RE)Versões, Blubell, nome artístico da cantora e compositora brasileira Isabel Fontana Garcia, tocará oWhite Album, dos Beatles, na íntegra e na ordem original do disco.
Em entrevista à Rolling Stone Brasil, a cantora revela uma relação sensível, intensa e de longa data com os Beatles. Além disso, a artista conta a história pessoal com o White Albume a proximidade incrível com o idioma (inglês).
De acordo com Blubell, o convite para se apresentar na 24ª edição do Cultura Inglesa Festival foi da própria programadora do festival, Natália Mallo, que assistiu ao show da cantora com músicas do White Album em 2018 - ano em que o disco completou cinquenta anos do lançamento.
OWhite Album é o disco que faz Blubell lembrar do quarto dela na época da adolescência: "O quarto de adolescente é o arquétipo da minha potência criativa. Essa é a importância desse álbum para mim", comenta a compositora.
Os Beatles não estão apenas refletidos na carreira, mas são parte da vida da cantora: "Me inspiram diariamente e fazem parte do meu cotidiano. Ontem pendurei roupa no varal ouvido 'RAM' do Paul McCartney e foi um dos momentos mais sublimes do meu dia", conta.
Agora aos 43 anos, a compositora reforça o carinho em relação ao Fab Four ao dizer que “ficaria até semana que vem” falando sobre as tantas vezes que o grupo influenciou a carreira artística dela.
Carreira e relação com o idioma
Com início na música em 2005, Blubell lançou cinco discos ao longo da carreira: Slow Motion Ballet (2006), Eu Sou do Tempo Em Que A Gente Se Telefonava (2011), Blubell & Black Tie(2012), Diva é a Mãe(2013) e Confissões de Camarim (2016).
Desde o começo, a artista canta em inglês - seja nas canções gravadas ou em apresentações ao vivo. A compositora, inclusive, fez uma releitura de uma música dePaul McCartney, “Junk”, para o primeiro disco Slow Motion Ballet (2006), e as primeiras músicas autorais de Blubell são em inglês.
A cantora explica que sempre teve muita facilidade e proximidade com o idioma, porque é apaixonada pelo cinema, música e literatura anglo-saxônica: "Faço muitos ‘downloads criativos’ em inglês desde muito jovem, se é que você me entende."
Blubell conta que aos 20 anos de idade cantava e compunha, mas "engatinhava" na música - e foi quando optou por fazer, na própria Cultura Inglesa, o teste de proficiência da Universidade de Cambridge para dar aulas.
Sem nunca ter estudado em uma escola de inglês, Isabel tornou-se professora do idioma, começou a trabalhar em duas escolas e dar aulas particulares até 2009 - ano em que deixou de lecionar e passou a viver apenas da música.
Em 2020, porém, o mundo todo parou devido à pandemia de coronavírus. A indústria do entretenimento foi muito afetada com isso, e não foi diferente para a cantora e compositora Blubell, que decidiu voltar a dar aulas.
"Me apaixonei profundamente de novo por esse ofício. Amo meus alunos e me sinto profundamente alimentada pelas aulas. Penso que a produção do festival nem sabe disso. Curioso, né? Hoje sou cantora, compositora e encho ainda mais a boca para dizer ‘professora’," conta a artista.
Fonte: Isabela Guiduci/Rollingstone
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