Nesta terça-feira (9) é celebrado o Dia da Internet Segura, data dedicada à conscientização sobre temas importantes ligados à segurança on-line. E um dos destaques da edição deste ano é a mediação parental sobre o uso da internet por jovens e crianças. Ou seja, como os pais podem proteger as crianças online, controlar quanto tempo seus filhos estão conectados, que conteúdo acessam e o que podem fazer para protegê-los de ameaças.
De acordo com um estudo realizado anualmente pelo Google para a data a pandemia mudou os hábitos digitais de jovens e crianças. 83% dos pais entrevistados afirmam que seus filhos fizeram todas as aulas pela internet.
E como consequência da pandemia, o tempo de permanência online aumentou: 70% dos entrevistados disseram que seus filhos puderam passar mais tempo conectados para fins sociais ou entretenimento.
Estudo elaborado pelo Google mostra como a pandemia afetou os hábitos relacionados à tecnologia dos jovens e crianças. Imagem: Google.
Quanto mais tempo conectadas, mais tempo as crianças ficam expostas às ameaças do mundo virtual. As principais preocupações dos pais são o aliciamento infantil (grooming), acesso a conteúdo inapropriado, privacidade, hábitos digitais mais saudáveis, cyberbullying e discernimento entre verdades e mentiras. Para combatê-las, quase a metade dos pais e responsáveis entrevistados (45,6%) disseram terem dialogado com seus filhos durante a pandemia sobre estes temas
Para Margarita Abella Hernandez, especialista em educação de segurança do Google, “é importante que os pais estejam bem-informados sobre os riscos, mas que também consigam apoiar e dialogar com seus filhos para estabelecer regras de uso razoáveis e criar um canal de confiança para ouvi-los ou, mesmo, para denunciar conteúdos ou criminosos”.
Dicas para proteger as ciranças online
No Brasil, 16% dos pais afirmaram que seus filhos foram, ao menos uma vez, vítimas de hackers que roubaram informações de suas contas na pandemia. É importante conscientizar os filhos sobre a importância de adotar senhas fortes e diferentes para as diversas contas on-line, sem nunca compartilhá-las com terceiros e, ainda, ativar a verificação em duas etapas.
É recomendável que os pais tenham um diálogo constante com seus filhos sobre com quem eles estão falando através das plataformas que acessam. De acordo com o estudo, 82% dos pais brasileiros se sentem confiantes de que seus filhos virão até eles em caso de problemas de segurança on-line, e 79% disseram estar suficientemente bem-informados sobre segurança para falar com seus filhos, caso sejam procurados.
Um Guia para a Família criado pelo Google traz dicas e ferramentas para facilitar a incorporação e a prática de bons hábitos digitais no cotidiano, bem como sugestões para a família de como discutir, aprender e pensar juntos sobre segurança on-line.
Para combater o acesso a conteúdo inapropriado a empresa oferece ferramentas da Busca, como o SafeSearch, que permitem aos pais filtrar conteúdos que possam afetar negativamente seus filhos.
Para isso, é necessário ter um entendimento de qual conteúdo é adequado para o estágio específico da criança. Uma ferramenta como o Family Link ajuda a definir limites e permite que os pais estabeleçam regras (como acesso a conteúdos, tempo de uso, etc.) e orientem seus filhos.
Ajuda na busca
O Google afirma trabalhar com autoridades e especialistas em proteção à criança para encontrar e remover conteúdos de abuso sexual de crianças ou pornografia infantil de todas as plataformas e do resultados de pesquisa.
Na Busca, termos relacionados a esses temas agora passam a retornar um painel com informações, canais de denúncia e de ajuda, como o Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos e o HelpLine, ambos operados pela Safernet.
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