Por Vivi Guimarães
Embora seja um filme de animação, Divertidamente não é destinado para os pequenos. Ele se trata de uma história animada de como realmente as nossas emoções base trabalham a nosso favor. São elas: alegria, tristeza, raiva, preguiça e nojo.
A partir das nossas emoções instaladas na grande máquina cerebral e ativadas no corpo, são criadas nossas ilhas de memórias, ou seja, nossas crenças (lembra!? Aquilo que a gente acredita como verdade absoluta) e nossos valores (nossos princípios morais, éticos, culturais, sociais).
Desse combinado entre emoções, memórias e valores, surgem nossos comportamentos e os resultados que a junção deles fará em nossas vidas.
As ilhas de valores da personagem principal são muito bem definidas: tem a ilha do hockey, que traz uma atividade esportiva, um talento, a ilha da família e seus vínculos,a ilha da infância e suas memórias afetivas, enfim, uma série de ilhas importantes que são a base da vida da personagem.
A partir do momento que essas ilhas são esquecidas, por situações do cotidiano e não se faz esforço para mantê-las vivas, algumas emoções começam a trabalhar para que ela se reestruture e volte a ter função novamente.
O interessante é que não é a alegria que mobiliza tudo isso, são emoções abandonadas e esquecidas como raiva e tristeza. A tristeza deixada de lado é fundamental para que tudo se erga de novo, a raiva em seu ímpeto figurado do filme, é quem pega fogo, quebra o vidro e entra no painel de comando.
Ou seja, metáforas que explicam que não devemos NÃO nos importar com essas emoções!
Elas existem, funcionam pelo que é acionado do lado de fora, mas estão dentro de nós, prontas pra serem acionadas nas situações de mais necessidade. A alegria, a tristeza, a raiva, a preguiça, estão dentro de cada um de nós, no nosso painel de comando, basta saber a hora e a função de usar cada uma delas!!