Na cronologia da história do Rock, a década de 70 ficou eternizada pelo auge de uma sonoridade cuidadosamente bem composta e arranjada que trazia influências que iam desde a música erudita, passando pelo Jazz e pela psicodelia, exigindo o preciosismo técnico de seus músicos em peças de longa duração com temas profundos, existenciais e até mesmo metafísicos. Era a geração do Rock Progressivo, que consagrou bandas que alcançaram sucesso mundial como Pink Floyd, Yes, Genesis, Jethro Tull entre várias outras.

O Brasil não passou despercebido ao também revelar bandas desse segmento como Mutantes (em sua fase após a saída de Rita Lee), Som Imaginário, O Terço, A Bolha, Vímana (que tinha em sua formação Lulu Santos, Lobão e Ritchie) e Som Nosso de Cada Dia entre outras. Um dos grupos mais lembrados e celebrados dessa época é o carioca Veludo, que teve passagem marcante e que participou de festivais lendários quanto históricos como Banana Progressiva (São Paulo) e o primeiro Hollywood Rock (Rio de Janeiro), ambos realizados no ano de 1975.

Nelsinho Laranjeiras, baixista, guitarrista, vocalista e arranjador das canções do Veludo, mantém acesa, após décadas, a chama da banda e do próprio Rock Progressivo no Brasil, com vigor e muito talento, como atestam os álbuns mais recentes do grupo como o CD duplo "Veludo ao Vivo 1975 a 2018", lançado recentemente e "Penetrando Por Todo Caminho Sem Fraquejar", de 2016.

Nelsinho falou sobre esses trabalhos mais recentes do Veludo, além de relembrar como foi o início de sua carreira e da banda, influências, histórias sobre a cena progressiva do Rock no Brasil e mais na entrevista concedida a Marcos R no podcast que você confere a seguir.