Foto: Fortune
Empresa selecionou 20 pessoas para grupo independente que vai supervisionar, principalmente, questões de remoção de conteúdo na plataforma.
Após uma sequência de crises que arranharam a imagem da empresa, o Facebook anunciou nesta quarta-feira (6) uma leva de pessoas que farão parte de um comitê independente que supervisionará as ações da empresa e terão o poder de reverter decisões tomadas pelo CEO e fundador, Mark Zuckerberg. Na prática, é uma “Suprema Corte” que monitora a companhia.
O foco dessa nova equipe será direcionado para solucionar a corda bamba entre o que é moderação e o que é censura. Para levar em conta as complicadíssimas questões culturais, esse comitê é internacional, formado por 20 pessoas que viveram em 27 países e dominam um total de 29 idiomas. Entre elas há um brasileiro, Ronaldo Lemos, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro.
Entre eles, há quatro líderes, sendo que dois deles são americanos, incluindo o juiz federal e especialista em liberdade religiosa Michael McConnel e o especialista em direito constitucional Jamal Greene. Também há dois membros internacionais: a advogada Catalina Botero-Marino e a ex-primeira-ministra da Dinamarca Helle Thorning Schmidt.
Segundo Nick Clegg, diretor de assuntos globais do Facebook, confirmou à Reuters que a equipe começará a trabalhar imediatamente e começará a julgar casos a partir do terceiro trimestre.
A expectativa da empresa é que o grupo aumente com o tempo e tenha 40 membros. Para isso, o Facebook destinou um orçamento de US$ 130 milhões, que permitirá que o comitê se mantenha por pelo menos seis anos.
Ao menos durante esse período, o grupo terá a função de definir decisões definitivas sobre os casos mais controversos de moderação na rede social. Inicialmente, a companhia espera que o comitê tenha poucos casos sob suas responsabilidade, já que não são muitos os conteúdos removidos que caiam em uma esfera tão cinzenta entre o que é moderação e o que é censura.
O Facebook também poderá levar ao comitê outras questões da rede social que não estejam diretamente ligados à questão de conteúdo removido. Isso pode incluir, por exemplo, temas ligados a anúncios ou grupos na rede social. A partir da recomendação, o Facebook deverá emitir uma resposta pública.
Fonte: Olhar Digital