Figuras de linguagem ou de pensamento é um recurso da língua portuguesa que é usado para incrementar o significado das palavras no seu aspecto semântico, ou seja, das unidades linguísticas.
Ao todo, oito são as figuras de pensamento que se configuram por jogarem com a subjetividade.
Elas exploram a riqueza dos significados levantados a partir de uma simples ideia, dá liberdade de interpretação aos textos, trabalha com o implícito, além de vários outros mecanismos.
Usá-las em qualquer texto pode imprimir um significado muito além do óbvio.
Conhecendo as figuras de pensamento
A partir de agora, você verá, de forma detalhada, cada uma das oito figuras de pensamento, que são: antítese, gradação, eufemismo, hipérbole, perífrase, ironia, prosopopeia ou personificação e paradoxo.
Antítese
Está relacionada com a utilização de palavras de sentidos opostos em uma mesma frase ou período. Esses contrastes servem para dar maior ênfase aos conceitos envolvidos na construção do pensamento.
Exemplo: Alegria e tristeza são duas constantes da vida.
Gradação
A partir de uma sequência de palavras, determinada ideia pode ser intensificada. É uma progressão do pensamento, podendo variar entre uma ordem decrescente para crescente ou em forma contrária.
Exemplo: Minha prima sempre se achou bonita, linda, deslumbrante. Sempre se achou a mulher mais vistosa do mundo.
Eufemismo
É a figura de pensamento usada para tornar mais suave, ou menos agressiva, uma passagem.
Exemplo: Era uma moça de inteligência bastante limitada.
Hipérbole
O exagero é a sua marca. Ou melhor, no emprego dessa figura, a ideia é realçada por expressões usadas de forma intencional.
Exemplo: O filme foi tão emocionante que inundei o cinema de tanto chorar.
Perífrase
Por meio de uma expressão dada por alguma característica de um ser, essa figura de pensamento tem o poder de identificá-lo, ou fazer com que o pensamento se volte, imediatamente, para a pessoa.
Exemplo: O “Boca do Inferno” se revelou como principal representante do Barroco. (a expressão se refere a Gregório de Matos).
Ironia
Nesse caso, há um questionamento, muitas vezes, depreciativo ou sarcástico, no texto. Ele é percebido pela entonação, contradição dos termos ou pelo próprio contexto.
Exemplo: Que pessoa educada! Entrou sem cumprimentar ninguém.
Prosopopeia ou personificação
Nesse caso, são atribuídas qualidades e características humanas a seres e objetos inanimados.
Exemplo: As flores estão dançando ao vento.
Paradoxo
Essa figura aproxima palavras que imprimem ideias opostas de forma a reforça-las. Ou seja, vai de encontro a ideia de afastamento, jogando pela aproximação. Uma verdadeira união dos opostos.
Exemplo: Esse menino parece que dorme acordado.
Fonte: estudokids