Marketing Digital ganha força no período da quarentena
Economia e Negócios
Publicado em 24/04/2020

 

Imagem:bloomin.com.br

Distância social, problema causado pelo coronavírus, fez despertar nas empresas o olhar mais rico para ações de posicionamento e desenvolvimento do trabalho por meio da internet

Por: Cléber Cunha

O Brasil e o mundo vivem um momento desafiador devido à pandemia do coronavírus, covid-19, que vem causando impactos na economia e na saúde.

Em um momento como esse é hora de muitas empresas recorrerem às técnicas do “Marketing Digital”.  Antes da pandemia a internet já era importante para os negócios, agora parece ser a única saída para grandes e pequenas empresas.

A agência de marketing digital Ilha do Silício, com sede na capital paulista e em Florianopolis-SC, é uma que viu a demanda aumentar em meio ao coronavírus. A empresa atua junto a micro e pequenas empresas, apoiando a atuação online e a implementação de ferramentas e processos utilizados por startups de tecnologia, desde a parte estratégica, até a entrega do produto e campanhas digitais. 

Tiago Otani, 39, sócio e diretor da agência, concedeu entrevista para a nossa equipe e falou sobre a nova demanda de trabalho e como as empresas voltaram suas atenções para marketing digital.

Foto: Arquivo Pessoal

Rádio Conectados:  A crise do coronavírus, fez crescer o interesse das empresas no marketing digital?

Tiago Otani: Sim, a pandemia levou todas as atenções das marcas e empresas para o mundo digital e com isso as estratégias de marketing digital também se tornaram a bola da vez. Nichos mais maduros estão aperfeiçoando ou aumentando suas ações, enquanto em algumas áreas as empresas começam a profissionalizar a presença online. De qualquer maneira, a movimentação tem sido intensa para quem trabalha com isso, e a tendência é que com mais marcas atuando, a disputa pela atenção do usuário vai ficar ainda mais intensa, e a régua mais alta.

R.C: Como as empresas de marketing digital estão direcionando suas ações pra isso, pra ajudar essas empresas?

TO: Em geral vejo as empresas atuando de forma empática, oferecendo produtos e serviços de forma facilitada ou gratuita, compartilhando conhecimento sobre ferramentas de home-office, aplicativos para todas as finalidades, apoiando as campanhas de conscientização sobre a COVID-19 e seus impactos. Em Floripa, já existia um grupo formado por gestores de marketing de algumas das principais empresas locais, e após a crise formamos grupos de trabalho para apoiar empresas em dificuldades no nosso ecossistema.

R. C: O que vocês acreditam, que depois da melhora do cenário, vai ser importante para as empresas que já estão inseridas no marketing digital, crescerem ainda mais?

TO: Quando o cenário melhorar, teremos um "novo normal", uma situação de normalidade bastante diferente do mundo que conhecíamos. Não sabemos quanto tempo esse "novo normal" vai durar, mas sabemos que será um processo lento, gradual e algumas mudanças serão irreversíveis. Cada nicho deverá se adaptar aos seus próprios desafios, mas em relação ao marketing digital entendo que a profissionalização é uma tendência sem volta. Por exemplo: não é de hoje que os profissionais autônomos norte-americanos possuem seus próprios sites profissionais e atuam também de forma profissional nas redes sociais, inclusive investindo em anúncios pagos. Isso é normal por lá há mais de 5 anos, e não estou falando apenas de executivos, médicos ou advogados, mas também de pintores, encanadores, babás, etc. A gente enxergava essa realidade chegando devagar ao mercado brasileiro, mas agora tudo deve acontecer de forma acelerada. A profissionalização crescente das ações é o único caminho para as marcas crescerem no digital.

Vale ressaltar que, não existe uma fórmula para o que vai ou não funcionar, cada empresa e/ou segmento tem que tentar e medir. O importante é agir e ser criativo, procurando apostar em estratégias e não desanimar em caso de insucesso, buscando uma nova alternativa.

 

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