Trump já pensa na reabertura dos cinemas, mas o que falta são filmes
Mundo
Publicado em 18/04/2020

Lui Yifei em cena de 'Mulan'/Imagem: Divulgação

O presidente Donald Trump anunciou ontem uma diretriz para a reabertura econômica dos Estados Unidos — e os cinemas não poderiam ficar de fora. A grande questão é que Hollywood e seus grandes filmes — que foram adiados por causa do coronavírus — ainda vão demorar para chegar.

As maiores redes norte-americanas de cinema estão prevendo que apenas no começo de julho seja possível reabrir as portas. Porém, a maioria dos blockbusters está programado para estrear a partir de agosto — com exceção de "Mulan" — 24 de julho nos Estados Unidos.

O processo de reabertura quase certamente será diferente entre os estados norte-americanos, o que significa que os cinemas podem começar a operar gradualmente em regiões menos afetadas pelo vírus, enquanto os locais em áreas mais afetadas, como Nova York, podem ter que permanecer fechados por mais tempo, aponta a Variety.

Se for este o caso — e sem levar em consideração o plano mundial, como o Brasil —-, os estúdios terão pouco incentivo para lançar seus maiores filmes do ano, uma vez que os principais mercados não estarão abertos para negócios.

"Se os cinemas de todo o mundo estão abertos em diferentes graus, financeiramente isso se torna muito difícil porque [filmes de grande orçamento] dependem de receitas globais", disse Paul Dergarabedian, analista sênior da Comscore, para a Variety.

Isso sem considerar a disposição do público em retornar aos cinemas, lembra ainda o site. Claro que pode existir uma demanda reprimida de clientes que ficam em casa há vários meses, assim como também é possível que o público hesite em voltar a lugares lotados.

Isso aconteceu com a China, onde vários cinemas reabriram brevemente em março, quando o vírus parecia estar sob controle, mas que depois foram fechados novamente por medo de que a doença pudesse voltar a ser um perigo para o país.

Hollywood adora o velho ditado que o "show deve continuar", mas ele terá que esperar o mundo voltar ao normal ainda.

 

Por: UOL, em São Paulo

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