Ações de mulheres líderes deixam exemplos para gestores/Montagem/R7
Executiva avalia como a performance positiva de países liderados por mulheres diante da crise da covid-19 pode impactar a gestão nas empresas.
O que países como Islândia, Taiwan, Alemanha, Nova Zelândia, Dinamarca, Noruega e Finlândia, que têm as melhores respostas ao coronavírus, possuem em comum? Mulheres Líderes. O fato, ressaltado pela Forbes, aponta que as ações dessas líderes podem servir de lição para gestores, inclusive homens.
Natalia Dias, CEO da filial brasileira Standard Bank, o maior banco da África, avalia que os exemplos devem servir a causas mais nobres, como mostrar às mulheres que elas podem liderar nos momentos mais dramáticos; e melhorar a liderança em governos e empresas. "Mulheres líderes são modelos que inspiram outras mulheres. Devemos tomar essas líderes como modelos que servem de inspiração a outras mulheres que desejam ocupar cargos de liderança."
Segundo Natalia, um dos fatores que explicam o fato de ainda termos menos mulheres em cargos de liderança ou empreendendo é a falta de modelos que sirvam de inspiração a outras mulheres. Uma menina que cresce vendo homens ocupando cargos secundários recebe, inconscientemente, a mensagem de que ser presidente de um país ou CEO de uma grande empresa “não é coisa para mulheres”.
"Já um jovem do sexo masculino pode se inspirar em inúmeros homens de sucesso. No mundo dos negócios, ele pode admirar de John Rockefeller a Elon Musk, passando por Jack Welsh e Steve Jobs. Na política, quase todos os grandes líderes eram homens, como Winston Churchill, Gandhi ou Abraham Lincoln. O efeito prático disso: se outros homens fizeram isso, ele também pode."
A executiva acredita que a maior presença feminina em cargos de chefia tem colocado em xeque o perfil tido como ideal por quem ocupa cargos de liderança.
"Até pouco tempo, esperava-se de um líder carisma, personalidade forte e outras características, sempre relacionadas à força e autoridade, que são mais ligadas aos homens", diz Natália.
Especialistas que estudam as melhores práticas de gestão estão provando que comandar um país ou uma empresa na base da imposição da visão de uma única pessoa não gera os melhores resultados. "Cada vez mais, entende-se que os bons líderes devem ter características que são mais comumente associadas às mulheres, como a empatia, o cuidado e a amorosidade."
O que fizeram as líderes em seus países
Angela Merkel, chanceler da Alemanha, desde o começo tratou o tema com a transparência devida ao admitir que a crise seria gravíssima. Enquanto líderes de outros países estavam na fase da negação, Merkel adotou as medidas para evitar a propagação do vírus.
Mesma postura tiveram as líderes de Taiwan, Tsai Ing-wen, e da Nova Zelândia, Jacinda Ardern. Tsai adotou 124 medidas sem ter que convocar o “lockdown” que, embora de suma importância em vários países, tem efeito devastador na economia e na vida de bilhões de pessoas.
Já Ardern tratou de fechar a Nova Zelândia quando o país tinha apenas seis casos – e, agora, o país adota medidas para relaxar a quarentena, enquanto outros postergam o retorno à normalidade.
Sanna Marin é primeira-ministra da Finlândia e, aos 34 anos, a pessoa mais jovem a chefiar um governo nacional. Ela adotou uma estratégia inovadora de combate ao vírus: convocou os influenciadores digitais do país para educar a população sobre as melhores práticas para evitar a propagação do vírus.
E Mette Frederiksen, da Dinamarca, e Erna Solberg, da Noruega? Mette convocou uma entrevista coletiva para responder apenas a perguntas de crianças – e disse a elas que ter medo não é um problema. Erna, depois de se inspirar no exemplo da Dinamarca, usou as emissoras de TV para falar diretamente às crianças do país.
Por: LIFESTYLE do R7