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USP e Unifesp vão realizar testes em busca pela chamada imunidade coletiva.
Desde que a pandemia do novo coronavírus iniciou, algumas medidas têm sido tomadas em busca de diminuir a disseminação da doença. O isolamento social, neste sentido, é de fundamental importância e só deve ser flexibilizado após a diminuição do número de infectados. Porém, outro fator que pode contribuir para isso é a chamada “imunidade coletiva”, que acontece quando grande parte dos infectados se recupera e adquire imunidade à Covid-19.
Pensando nisso, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) vão iniciar um projeto para descobrir quantas pessoas já estão imunes ao coronavírus. Os bairros testados serão Itaim-Bibi, Jardim Paulista, Pinheiros, Perdizes, Barra Funda, Lapa, Alto de Pinheiros, Vila Leopoldina, Jaguará e Jaguaré.
“O estudo vai medir o porcentual de pessoas imunes ao vírus na população em geral. São essas pessoas que, ao entrarem novamente em contato com o novo coronavírus, não vão desenvolver nem transmitir a doença” afirmou Beatriz Tess, professora e pesquisadora do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP.
Metodologia
O Ibope vai utilizar a amostra probabilística para realizar o estudo. Essa metodologia permite determinar qual o porcentual da população infectada na região com base em um número determinado de testes. Vão ser 720 casas sorteadas aleatoriamente, com um morador com mais de 18 anos convidado para participar da pesquisa. O escolhido vai ser testado e, no fim do estudo, vai saber se está imune ou não ao vírus.
O estudo vai ser financiado pelo Instituto Semeia, em parceria com o Grupo Fleury e o Ibope, e aguarda aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para ter início. Para acompanhar o avanço da doença, a pesquisa será refeita a cada duas ou três semanas, dependendo de alguns fatores.
Por: O Estado de S.Paulo via Olhar Digital