As fábricas da montadora no Brasil já estão testando os primeiros ventiladores e esperam iniciar a produção, que irá atender inicialmente hospitais de São Paulo, nos próximos dias
A reconversão industrial tem sido apontada por diversos economistas como uma das possíveis saídas da indústria para a crise econômica que vem na esteira da pandemia do novo coronavírus. Esse foi um recurso usado largamente, por exemplo, durante a Segunda Guerra Mundial.
Redesenhar fábricas para que possam contribuir com o esforço da Saúde, produzindo equipamentos médicos e outros produtos que estejam escassos. Na última sexta-feira (27), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, invocou a Lei de Produção de Defesa para forçar que a General Motors (GM produza ventiladores mecânicos para que sejam usados em pacientes diagnosticados com a Covid-19.
No Brasil ainda não chegamos a tanto, mas algumas empresas estão tomando essa iniciativa por conta própria. A Mercedes-Benz anunciou nesta quinta-feira (2), que iniciou seus testes para produzir respiradores e já começou a impressão em 3D de máscaras de proteção facial em suas instalações.
Os equipamentos estão sendo desenvolvidos e testados em parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia e com a Universidade de São Paulo (USP). A montadora alemã também irá doar itens médicos, cestas básicas para comunidades carentes, além de emprestar veículos para casos emergenciais
Os respiradores utilizarão como matéria-prima peças da indústria automotiva, e a expectativa é que a sua produção comece nos próximos dias em fábricas da Mercedes-Benz e de outras empresas voluntárias para suprir com urgência, a princípio, hospitais da região de São Paulo.
As máscaras de proteção facial, que serão utilizadas por profissionais de saúde, já estão sendo fabricados em impressoras 3D da empresa (média de 10 por dia) e do Instituto Mauá.
Fonte: Olhar Digital