Diretor do Procon diz que pandemia é explorada por quadrilhas
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Publicado em 27/03/2020

Foto: ABRAREC

Em entrevista ao blog, Fernando Capez, diretor executivo do Procon de São Paulo, afirmou que já existem no Estado quadrilhas com o objetivo de explorar consumidores durante o avanço do novo coronavírus.

"São quadrilhas especializadas em vender máscaras e álcool em gel por preços abusivos. Eles arrumam uma casa, um ponto comercial, e fazem a distribuição clandestina. Como a procura é muito grande, os produtos acabam logo. Eles fecham o local, dificultando o trabalho da polícia", disse Capez.

"Encontramos caixa de máscara que custa no maximo R$ 100 sendo vendida por R$ 400", disse o diretor.

Segundo ele, também há estabelecimentos formais praticando preços abusivos. O Procon pediu a 500 locais notas fiscais referentes a compras de determinados produtos nos últimos três meses para checar se houve reajuste abusivo dos preços. "Vamos multar quem estiver fazendo isso. Os aumentos não vão compensar o valor da multa", declarou.

Ainda segundo o diretor, um homem foi detido nesta semana em Arujá por vender uma caixa de máscaras por R$ 400. "O preço é abusivo e ele foi detido por crime contra a economia popular", afirmou o diretor.

Capez pede que os consumidores que detectem cobranças abusivas façam denúncias por meio do site do Procon (http://www.procon.sp.gov.br/) ou pelas redes sociais da instituição.

A pedido do blog, o diretor deu dicas para o consumidor se proteger na compra de outros produtos durante a pandemia. Confira abaixo:

 

Gás

"O preço correto do botijão é R$ 70. Não existem motivos para cobrarem mais. Não pague R$ 100 num botijão, denuncie".

 

Supermercados

"Conversei com representantes de supermercados e eles me garantiram que não há risco de desabastecimento. Então, não é preciso estocar mantimentos. Também não há motivos para grandes mudanças nos preços".

 

Passagens aéreas

"Uma medida provisória determina que as companhias devem dar créditos em até 12 meses para quem não conseguiu viajar (por causa da pandemia). É melhor aceitar os créditos do que ir à Justiça. O processo pode demorar e você pode perder".

 

Fonte: Blog do Perrone/UOL

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