MEV 1 pode se acoplar a satélites no fim de sua vida útil e assumir o papel de propulsor, evitando que um satélite funcional tenha de ser aposentado por falta de combustível
A empresa norte-americana Space Logistics lançará nesta semana o Mission Extension Vehicle 1 (MEV 1), uma espaçonave projetada para recauchutar ou ‘dar um empurrãozinho’ a satélites que estão ficando sem combustível e estender sua missão.
O MEV 1 decolará nesta quarta-feira a bordo de um foguete Pronto M lançado da base de Baikonur, no Cazaquistão. 16 horas após o lançamento ele será separado do foguete Proton e começará um lento processo de elevação de sua órbita, que levará três meses e meio, até se encontrar com seu ‘alvo’, o satélite de comunicações Intelsat 901 (IS 901).
Ambos se encontrarão em uma órbita apelidada de ‘cemitério’, para onde são manobradas espaçonaves no final de sua vída útil. O MEV 1 irá então se acoplar ao motor do IS 901 e assumirá a propulsão do satélite. Após alguns testes o conjunto será manobrado para uma nova posição em órbita geoestacionária, onde continuará em operação por mais 5 anos.
Ao fim desse período a Intelsat pode optar por estender a operação do IS 901 por mais alguns anos, ou então aposentá-lo. Nesse caso, o MEV 1 será usado para mover o satélite de volta ao ‘cemitério’, se desacoplará dele e seguirá para atender um novo ‘cliente’.
O MEV 1 será operado pela Space Logistics, uma subsidiária da Northrop Grumann, que construiu o satélite. O serviço pode ser contratado em pacotes anuais, com um ano de serviço custando US$ 13 milhões (cerca de R$ 53,2 milhões). Há planos para lançamento de um segundo MEV no segundo trimestre de 2020, que atenderá a outro satélite da Intelsat, o Galaxy 30.
Entretanto, a Space Logistics não tem planos para a construção de um terceiro MEV. Em vez disso, ela estuda o desenvolvimento de uma espaçonave com braços robóticos, que poderia acoplar novos motores aos satélites no fim de sua vida útil. Os propulsores iônicos nestes motores poderiam estender a vida útil de uma espaçonave em até seis anos.
Via: Olhar Digital