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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que está em viagem pela China, anunciou hoje que a Huawei pretende construir mais uma fábrica no estado até 2022. A nova fábrica seria destinada a construir celulares.
Segundo fontes ouvidas pelo jornal O Globo, o plano dependerá do sucesso nas vendas de aparelhos no país – a empresa retornou às lojas brasileiras há alguns meses, após um hiato desde 2015.
Hoje, a Huawei tem duas unidades no Brasil: uma unidade de serviço de fibra ótica em Manaus (AM) e uma unidade de infraestrutura para dar apoio às operadoras em Sorocaba (SP). Esta segunda, aliás, tem 2 mil funcionários e gera 15 mil empregos indiretos, segundo o Tecnoblog.
A cidade onde ficaria a terceira fábrica ainda não foi decidida. Segundo o governo de São Paulo, a instalação ficará dentro do polo de desenvolvimento tecnológico, e sua localização dependerá de questões logísticas e de mão de obra.
O Globo também diz que a nova fábrica seria uma forma de se preparar para o leilão do 5G, que deve acontecer no ano que vem. O jornal conta que a Ericsson pretende ampliar sua fábrica em São José dos Campos também como preparação para a nova frequência.
A Huawei tem crescido no mercado de smartphones e é uma das principais fornecedoras de infraestrutura para telecomunicações do mundo. A empresa, porém, vem enfrentando dificuldades no mercado norte-americano e está no centro da disputa comercial entre EUA e China.
Uma determinação do presidente Donald Trump colocou a companhia em uma lista de entidades que estão proibidas de fecharem negócios com companhias estadunidenses. O país alega que a companhia colabora com a inteligência do governo chinês e, por isso, representa um risco à segurança nacional.
Apesar da pressão dos EUA para que seus aliados não permitam que a Huawei instale suas redes de 5G, o Brasil não parece que vai impedir a participação da companhia por aqui. O vice-presidente da república, Hamilton Mourão (PRTB), já disse que o Brasil não tem intenção de vetar a Huawei, apesar de o assunto ter sido tratado em reunião entre Trump e o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Recentemente, autoridades americanas e chinesas no Brasil trocaram acusações em declarações públicas.
Via GizModo