Antes encarado com humor, o ronco e outros distúrbios respiratórios do sono agora são vistos como sinais de alerta para condições graves de saúde.
A apneia obstrutiva do sono (AOS), que afeta cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo, está associada a doenças cardiovasculares, neurológicas e metabólicas — incluindo Alzheimer, depressão e diabetes — e pode comprometer o cérebro anos antes dos primeiros sintomas.

Roncar já foi motivo de piada, mas é um distúrbio respiratório que merece ser tratado com seriedade (Imagem: Prostock-Studio/iStock)
Sono: importância crucial em nossa saúde
- Segundo Marishka Brown, do Centro Nacional de Pesquisa de Distúrbios do Sono dos EUA, “o sono é tão essencial quanto dieta e exercício”.
- A AOS ocorre quando as vias aéreas colapsam durante o sono, interrompendo a respiração repetidamente e reduzindo a oxigenação do corpo e do cérebro, o que gera microdespertares que nem sempre são percebidos, mas afetam a memória e o humor.
- Estudos mostram que a apneia acelera a degeneração cerebral e pode antecipar em até 10 anos o início do Alzheimer.
- Apesar disso, o diagnóstico ainda é subestimado, sobretudo entre mulheres e gestantes, cujos sintomas costumam ser diferentes dos homens.

Apneia do sono ganha atenção como marcador precoce de doenças (Imagem: PeopleImages/iStock)
Exames e visitas a profissionais de saúde são essenciais
Enquanto dispositivos vestíveis ganham espaço, especialistas alertam que ainda não substituem exames clínicos completos.
O tratamento padrão continua sendo o CPAP, que mantém as vias respiratórias abertas, mas alternativas menos invasivas e até inusitadas, como tocar didgeridoo que vêm ganhando destaque.
A recomendação é clara: ronco persistente ou cansaço excessivo devem ser avaliados por um profissional. O sono, afinal, não é luxo é questão de saúde pública.

Roncar compromete memória, coração e cérebro — e já preocupa especialistas em envelhecimento e saúde pública – Imagem: Shutterstock/New Africa
Fonte: Olhar Digital