A chegada dos primeiros europeus a um conjunto de ilhas na África Oriental resultou na extinção dos dodôs, aves antigas que habitavam a região, por volta dos anos 1600. A partir deste pequeno período de contato, os homens descreveram os animais como lentos e frágeis. No entanto, um novo estudo indica que era exatamente o contrário.
Ao examinar os primeiros registros e descrições do dodô, um grupo de pesquisadores determinou que estas aves eram poderosas e rápidas. Segundo eles, havia relatos da época apontando que estes animais se moviam rapidamente e viviam na floresta.
Durante o estudo, foram rastreados os primeiros espécimes. A partir deste longo trabalho, foi possível concluir que os dodôs tinham um tendão excepcionalmente poderoso, semelhante aos das aves que escalam e correm vivas hoje. Essas criaturas, sendo os cientistas, estavam perfeitamente adaptadas ao seu ambiente.
Ainda segundo a equipe, compreender as características e o comportamento do dodô pode esclarecer o papel que ele desempenhou em seu ecossistema e pode até ajudar a proteger as aves ameaçadas de extinção existentes, hoje. As conclusões foram descritas em estudo publicado no Zoological Journal of the Linnean Society.
O processo de extinção dos dodôs
Os dodôs viviam nas Ilhas Maurício, possuíam cerca de um metro de altura e podiam pesar mais de 20 quilos.
Eles foram extintos no século XVII, apenas 150 anos após a chegada dos europeus à ilha.
A causa da extinção foram os marinheiros que se alimentavam dos animais e a introdução de espécies não nativas trazidas pelos europeus, como cachorro, gatos, porcos e ratos.
As aves eram incapazes de voar e faziam ninhos no chão.
Por causa disso, se tornaram alvos fáceis para caçadores e predadores introduzidos na ilha.
Apesar do seu último avistado ter sido feito em 1662, as estatísticas apontam que provavelmente eles viveram até 1690.
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