O governo da China está orientando os moradores do país a estocar comida em casa após o surgimento de novos casos de Covid-19. Apesar do número ser baixo, ainda mais quando comparado com outras fases da pandemia, as autoridades locais seguem com uma política de tolerância zero.
De acordo com a Deutsche-Welle, o Ministério do Comércio da China publicou um aviso em seu site na última segunda-feira (1º) pedindo para “as famílias a armazenarem uma certa quantidade de produtos de necessidade diária conforme necessário para atender a vida cotidiana e emergências”, o aviso não menciona a Covid-19.
O governo também não cita qualquer tipo de escassez de alimentos ou lockdown que poderia impedir os cidadãos de irem ao mercado. Além da pandemia, a população está enfrentando nos últimos meses um aumento no preço dos vegetais, causado pelas fortes chuvas que atingem o país.
No entanto, veículos de imprensa locais divulgaram lista com produtos recomendados para serem estocados em casa, e incluem macarrão, lanternas, vitaminas e outros alimentos de longa duração.
Após o pânico, o jornal estatal Economic Daily, ligado ao Partido Comunista da China, disse que o objetivo do governo era evitar que a população fosse surpreendida com um lockdown da Covid-19 e pediu que evitassem “uma imaginação hiperativa”.
Covid-19 na China
A China anunciou no último dia 25 que algumas regiões do país voltaram a restringir a circulação de pessoas após um ligeiro aumento dos casos de Covid-19. O país registrou 39 casos positivos na semana, além de outros 100 durante o período anterior.
Apesar do número relativamente baixo quando comparado com outras partes do mundo, a China possui uma política de tolerância zero com a Covid-19. Os casos são dados como consequência do aumento das viagens no país.
Ao todo, 11 províncias da China, a maior parte no norte, foram consideradas como foco do crescimento de casos positivos da doença. Em alguns locais, o transporte público foi suspenso para evitar a circulação.
Em Pequim, capital do país, não há novas restrições, mas as autoridades pediram que a população evite aglomerações e deslocamentos desnecessários. O local está a cerca de 100 dias de sediar os Jogos Olímpicos de Inverno, que ocorrem em 2022.
Desde que conseguiu controlar a pandemia da Covid-19, praticamente zerando novos casos, a China mantém o controle com restrições em zonas específicas onde os contágios são identificados. O país segue com testes em massa para conseguir rastrear os casos.
Por: Olhar Digital