Um mergulhador chamado Shlomi Katzin estava mergulhando em uma enseada na costa de Haifa, localizada em Israel no Mar Mediterrâneo, quando se deparou com um objeto muito curioso e inusitado. Ele arrancou o objeto que parecia uma espada de 1,2 m de comprimento do fundo do mar e registrou a relíquia repleta de conchas com sua câmera GoPro.
Em suas mãos, ele segurava uma espada que os arqueólogos acreditam ter cerca de 900 anos. Katzin relatou a descoberta à Autoridade de Antiguidades de Israel, que examinou a descoberta e acredita que tenha pertencido a um cavaleiro das época das Cruzadas.
“A espada de ferro foi preservada em perfeitas condições e é um achado lindo e raro”, comentou Nir Distelfeld, inspetor da Unidade de Prevenção de Roubo da IAA, através de um post no Facebook . De acordo com ele, “pertencia a um cavaleiro cruzado” – também chamados de ‘Ordem dos Templários’ – e assim que limpa e restaurada, será mostrada ao público.
Quando achada, a espada pesava mais de dois quilos, por conta da quantidade de conchas e algas alocadas ao longo do objeto. A estimativa é que pode ter sido desenterrada durante uma recente tempestade que deslocou a areia e assim, escondeu a relíquia por séculos.
Além disso, Katzin também descobriu pedras antigas, âncoras de metal e fragmentos de cerâmica na costa. O New York Times noticiou que ele recusou um pedido de entrevista porque “não queria que a descoberta fosse sobre ele”.
O diretor da unidade de arqueologia marinha do IAA, Kobi Sharvit, disse que as relíquias mostram que a região provavelmente “serviu como um pequeno ancoradouro natural temporário para navios em busca de abrigo” e demonstra que o local foi usado durante o período histórico.
Ele explicou que o local é uma enseada natural perto da cidade portuária de Haifa e sugere que serviu de abrigo para os marinheiros. “Os achados arqueológicos no local mostram que ele serviu de pequeno ancoradouro natural para navios que buscavam abrigo. A identificação das várias descobertas mostra que o ancoradouro foi usado já na Idade do Bronze Final, há 4 mil anos”, afirmou o especialista.
A espada será exposta ao público assim que for limpa, restaurada e pesquisada pelo IAA – Crédito: Facebook / Shlomi Katzin
Vale lembrar que o período das Cruzadas foram uma série de guerras religiosas apoiadas pela Igreja Católica Romana. Alguns dos embates foram entre os séculos 11 e 13, que foi quando invadiram a Terra Santa, região que corresponde aos dias atuais da Palestina e de Israel.
Por isso, “cada artefato antigo que é encontrado ajuda a montar o quebra-cabeça histórico da Terra de Israel”, comemorou o diretor geral da IAA, Eli Escosido.
Via: Olhar Digital