Segundo rumores a Apple e a Kia, parte do grupo Hyundai, estão prestes a fechar um acordo avaliado em US$ 3,6 bilhões (R$ 19,3 bilhões) para a produção de carros elétricos. Pelos termos do acordo a produção seria iniciada já em 2024, com capacidade inicial de 100 mil veículos por ano, que poderá ser expandida a 400 mil veículos por ano.
A preferência pela Kia se dá pelo fato de que a montadora tem fábrica no estado da Geórgia, nos EUA. Outro atrativo seria a plataforma de veículos elétricos da Hyundai, a E-GMP. A Kia seria responsável pela produção e fabricação, enquanto a Apple controlaria o hardware de direção autônoma, software, experiência do usuário, tecnologia de bateria, semicondutores e design.
Basicamente, a Kia seria para o “Apple Car” (internamente conhecido pelo codinome Project Titan) o que a Foxconn é para o iPhone. Esta ideia deixa os executivos da Hyundai divididos: “É realmente difícil [para a Hyundai] se abrir”, disse uma fonte à Reuters. “A Apple é o chefe. Eles fazem o marketing, seus produtos, sua marca. Mas a Hyundai também é o chefe. Isso realmente não funciona”, disse.
“O grupo está preocupado de que a marca Hyundai se torne apenas um fabricante contratado da Apple, o que não ajudaria a Hyundai em seu esforço para construir uma imagem mais premium”, diz a fonte.
Um dos responsáveis pelo projeto Titan dentro da Apple é Doug Field, ex-engenheiro chefe da Tesla, onde trabalhou por cinco anos e foi responsável pelo desenvolvimento do Model 3, o modelo mais barato da montadora. Antes de ir para a Tesla, o engenheiro trabalhou na própria Apple, onde foi vice-presidente da área de engenharia de hardware dedicada aos Macs.
O escopo do Project Titan, segundo os rumores, mudou ao longo dos anos. Quando as primeiras informações surgiram, em 2014, ele seria uma minivan elétrica. Depois, se transformou em uma “plataforma” de inteligência e autonomia que poderia ser licenciada a fabricantes de carros elétricos, antes de novamente se tornar um carro elétrico da própria Apple.
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