'The Good Doctor': afinal, o protagonista é autista?
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Publicado em 22/04/2020

Foto: Divulgação

Baseada numa premiada série sul-coreana, "The Good Doctor" foi adaptada por David Shore (o criador de "House") em uma versão que arrebanhou fãs no mundo inteiro com sua mensagem de empatia, mas não só. Quem acompanha o drama médico, exibido no Brasil pelo Sony Channel e Globoplay, se encanta com realismo das cenas.

Tanto que muitos se perguntam se o ator Freddie Highmore ("Bates Motel") é autista como seu personagem. Na série, Freddie vive o jovem cirurgião Shaun Murphy, autista e portador de savantismo, e sua interpretação arranca elogios de público e crítica.

Encontrado em cerca de um a cada dez autistas, o savantismo é um distúrbio raro do desenvolvimento que torna alguém estranhamente talentoso ou brilhante de alguma forma. Ele permite que uma pessoa tenha uma memória incrível e se torne extremamente boa em uma habilidade específica, como a arte, ou na capacidade de resolver problemas criando soluções que ninguém mais conseguiria.

Na série, o cirurgião vivido por Highmore usa suas habilidades para descobrir o que há de errado com os pacientes. Ele costuma tirar conclusões com base em um "gatilho": alguém diz alguma coisa, Shaun consegue juntar dois e dois, e acaba resolvendo a questão.

E apesar do que muitos podem acreditar pela delicada atuação de Freddie (tanto que ele foi indicado ao Globo de Ouro pelo papel), não, ele não é autista. Na vida real, Highmore não tem nenhuma deficiência no desenvolvimento, mas estudou cuidadosamente para encarar o desafio.

Para a série, ele estudou, pesquisou, além de conviver com uma pessoa autista. Ele também tem o auxílio de um consultor em tempo integral no set que supervisiona a maneira como seu personagem é retratado e o ajuda a aprender a melhor maneira de interpretá-lo. E o ator ainda participa do roteiro, produz e até já dirigiu alguns episódios.

"The Good Doctor" costuma ser bastante elogiada por pessoas que lidam com o transtorno, afinal, interpretar um autista não costuma ser fácil, já que não há um estereótipo e o espectro (ou os "níveis", por assim dizer) é muito amplo.

 

Por: UOL, em São Paulo

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