Foto: Nasa
Equipe responsável pelo rover Curiosity começou a se preparar para o trabalho remoto duas semanas antes da quarentena na Califórnia. Reuniões e conversas foram substituídas por videochamadas.
De certa forma, o conceito de “trabalho remoto” é rotina para os funcionários do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), da Nasa, envolvidos no controle do rover Curiosity. Afinal, os comandos enviados por eles serão executados a mais de 200 milhões de km de distância, na superfície de Marte.
Mas com as medidas de quarentena e isolamento social estabelecidas para combate à pandemia de Covid-19, esta distância ganhou alguns quilômetros a mais: a equipe continua controlando o Curiosity, mas de suas casas.
A equipe começou a se preparar para o trabalho remoto algumas semanas antes da ordem oficial, decidindo como teriam de operar e que equipamento seria necessário. Headsets, monitores extras e outros equipamentos foram distribuídos aos funcionários, e a forma de comunicação foi repensada.
O robô Curiosity em uma "selfie" em Marte
"Geralmente, estamos todos em uma sala, compartilhando telas, imagens e dados. As pessoas estão conversando em pequenos grupos, ou com alguém do outro lado da sala", disse Alicia Allbaugh, que lidera a equipe. Agora, a comunicação é feita por videoconferência e apps de mensagens.
Carol Bridge, chefe de operações da equipe de ciências, diz: “Eu provavelmente monitoro 15 canais de bate-papo o tempo todo. Ainda faço meu trabalho, porém virtualmente”.
É preciso um esforço extra para garantir que todos se entendam: em média, o planejamento de cada dia de operação leva uma ou duas horas a mais do que normalmente. Isso adiciona alguns limites a quantos comandos são enviados ao Curiosity por dia. Mas, no geral, o robô está produtivo como sempre.
“É uma clássica situação da Nasa”, diz Bridge. “Nos apresentam um problema, e descobrimos como fazer as coisas funcionarem. Marte não vai esperar por nós, ainda estamos explorando”.
Por: Nasa via Olhar Digital