Dados são inseridos pelos próprios usuários que podem dizer se estão com algum sintoma, se foram testados e se estão em isolamento
Autoridades do mundo todo procuram formas de entender como o novo coronavírus se espalha. Para isso, ferramentas foram criadas para prever e traçar o progresso da doença nos EUA e no mundo, como o uso de 'papéis' nos esgotos.
Porém, o cofundador e CEO do Pinterest, Ben Silbermann, tem uma ideia diferente. Junto de uma equipe de especialistas, o empresário desenvolveu um aplicativo, que deve ser alimentado com informações pelo próprio usuário, e promete ajudar autoridades a entender como a doença se espalha.
Chamado de 'How We Feel', o app é gratuito e está disponível para Android e iPhone (iOS). Quando instalado, ele solicita que as pessoas registrem informações como se apresentam algum sintoma, se realizaram testes de detecção, estão em isolamento e por quanto tempo.
A quantidade de informação solicitada foi otimizada para facilitar a contribuição da população. Por esse motivo, os dados podem ser preenchidos diariamente, em menos de um minuto. Vale lembrar que a iniciativa não coleta informações sensíveis como nome, número de telefone ou dados de e-mail.
A única solicitação é feita logo no início e pede que os usuários concordem em doar suas informações e compartilhar os dados preenchidos com pesquisadores de saúde pública e médicos.
Segundo o CEO, parte da equipe que trabalha no projeto é especialista em segurança. O objetivo desses profissionais é o de garantir que as informações fornecidas pelos usuários sejam usadas com responsabilidade.
Para incentivar o uso do aplicativo, Silbermann declarou que vai fornecer uma refeição à Feeding America toda vez que uma pessoa baixar e usar o software pela primeira vez – com um limite máximo de dez milhões de refeições.
Embora as informações coletadas podem estar longe de serem totalmente confiáveis, elas são um indicador eficaz dos pontos de infecção novos ou emergente. Por enquanto, o aplicativo não está disponível no Brasil.
Iniciativa própria
No entanto, por aqui, há uma iniciativa semelhante, resultado de uma parceria entre as operadoras de telecomunicação e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
Por meio de 'mapas de calor' criados a partir dos dados fornecidos, é possível que o Governo Federal detecte os pontos de aglomeração de pessoas e que, possivelmente, podem ser focos de transmissão do novo coronavírus.
Fonte: TechCrunch/Olhar Digital