Os anos 80 foram decisivos para os videogames. Essa década marcou o avanço dos consoles domésticos, a popularização dos arcades e o surgimento de franquias que atravessaram gerações.
Mesmo após a crise de 1983, o mercado se recuperou com força, impulsionado por consoles que transformaram os jogos eletrônicos em um fenômeno global.
Então, que tal relembrar alguns consoles que marcaram de alguma forma essa década? A seguir, listamos quatro deles para você relembrar.
4 consoles dos anos 80 para você relembrar
Nintendinho (NES)

Console Nintendinho. / Crédito: GerdeeX (Wikimedia Commons)
Representante mais famoso da 3ª geração de videogames, o Nintendinho é um console de 8 bits, com jogos que rodam via cartuchos. O console foi lançado originalmente em 1983 no Japão com o nome Famicom (“Family Computer“). Nessa versão, os dois controles vinham fixados ao console por cabos curtos, guardados nas laterais.
Em 1985, a Nintendo lançou o console nos EUA com o nome Nintendo Entertainment System (NES), redesenhado com visual de videocassete e controles removíveis. No Brasil, o NES chegou oficialmente em 1993, sendo apelidado de Nintendinho, mas já circulava desde 1985 por meio de importações e clones como o Dynavision 2.

Console Nintendinho. / Crédito: JCD1981NL (Wikimedia Commons)
As franquias mais famosas da Nintendo, como “Mario”, “Metroid”, “Donkey Kong” e “Zelda”, nasceram nesse videogame. Outras séries famosas de outras empresas, como “Mega Man”, “Castlevania”, “Contra” e “Final Fantasy” também deram as caras no NES.
Alguns dos títulos de destaque do console são: “Super Mario Bros. 3” (1990), “DuckTales (1989)”, “Metroid” (1986), “The Legend of Zelda” (1986), “Mega Man 2” (1988), “Castlevania” (1986), “Contra” (1987), “Ninja Gaiden” (1988) e “Punch-Out!!” (1987).
Especificações:
Processador: Ricoh 2A03 (EUA) / Ricoh 2A07 (Europa) – baseado no MOS 6502, 8 bits, 1.79 MHz (NTSC) ou 1.66 MHz (PAL)
Memória RAM: 2 KB
Vídeo: 256×240 pixels, 25 cores na tela ao mesmo tempo (de uma paleta de 54)
Áudio: 5 canais de som (2 de onda quadrada, 1 de triângulo, 1 de ruído e 1 de amostra digital simples)
Master System
Um dos consoles mais bem-sucedidos da terceira geração, o Master System é um aparelho de 8 bits que utiliza cartuchos (e também o Sega Card em algumas versões) para rodar seus jogos.

Console Sega Master System II. / Crédito: Darz Mol (Wikimedia Commons)
Este console tem uma origem curiosa. Em 1985, a Sega lançou no Japão o Sega Mark III, a terceira versão da série SG-1000. Contudo, em 1986, a empresa lançou o Master System para os mercados internacionais (América do Norte, Europa etc.), uma versão remodelada e aprimorada do Mark III. No Japão, o Master System só foi lançado oficialmente em 1987.
No Brasil, o Master System chegou de forma oficial em 1989, distribuído pela Tectoy, que transformou o console em um grande sucesso local, inclusive lançando versões atualizadas e jogos exclusivos.

Console brasileiro “Sega Master System III”, fabricado pela TecToy, versão transparente modificada. / Crédito: Neowoikkin2113, Abani79 (Wikimedia Commons)
Alguns dos jogos de destaque do Master System são: “Alex Kidd in Miracle World” (1986), “Phantasy Star” (1987), “Shinobi” (1987), “Wonder Boy III: The Dragon’s Trap” (1989) e “Ninja Gaiden” (1992).
Especificações:
Processador: Zilog Z80, 8 bits, 3.58 MHz (NTSC) / 3.57 MHz (PAL)
Memória RAM: 8 KB
Memória de vídeo (VRAM): 16 KB
Vídeo: 256×192 pixels, até 32 cores na tela ao mesmo tempo (de uma paleta de 64)
Áudio: 3 canais de som FM e 1 canal de ruído (PSG)
Atari 2600

Atari 2600jr com o jogo Jr. Pac-Man. / Crédito: Balou (Wikimedia Commons)
Embora lançado em 1977, foi durante a década de 80 que o Atari 2600 realmente explodiu em popularidade. Desenvolvido pela Atari Inc., esse console da segunda geração de videogames é um aparelho de 8 bits que popularizou o conceito de cartuchos intercambiáveis.
No Brasil, o Atari 2600 foi lançado em setembro de 1983, fabricado pela Polyvox, e também fez muito sucesso.

Clone do console Atari 2600 com jogos embutidos. / Crédito: Tdolphin~plwiki (Wikimedia Commons)
Entre os jogos mais famosos do Atari 2600 estão “Space Invaders” (1980), “Pitfall!” (1982), “River Raid” (1982), “Adventure” (1979), “Missile Command” (1980), “Pac-Man” (1982), “Enduro” (1983), “Yar’s Revenge” (1982) e “Asteroids” (1981).
Especificações:
Processador: MOS Technology 6507, 8 bits, 1.19 MHz
Memória RAM: 128 bytes
Vídeo: 160×240 pixels (sprites), 40×240 pixels (playfield), paleta NTSC com 128 cores, até 2 sprites, 2 mísseis e 1 bola por linha.
Áudio: som mono com 2 canais básicos, controle simples de frequência e volume.
ColecoVision

Console de videogame ColecoVision. / Crédito: Fritz Saalfeld (Wikimedia Commons)
Lançado em 1982, o ColecoVision foi o console de segunda geração da Coleco que trouxe gráficos e sons bem avançados para a época. Este console de 8 bits era potente para o período e, comparado aos seus concorrentes, oferecia uma experiência mais próxima aos fliperamas.
Os controles do ColecoVision eram curiosos, pois tinham o formato de um telefone antigo, com um teclado numérico e um manche analógico (joystick) no topo.
Além disso, o console oferecia um acessório que permitia jogar cartuchos do Atari 2600, ampliando ainda mais sua biblioteca de jogos.

ColecoVision na Games Convention 2008. / Crédito: Kuba Bożanowsk (Wikimedia Commons)
Entre os jogos de destaque do ColecoVision estão “Donkey Kong” (1982), “Zaxxon” (1982), “Lady Bug” (1982), “Venture” (1982) e “Cosmic Avenger” (1982).
Especificações:
Processador: Zilog Z80A, 8 bits, 3.58 MHz
Memória RAM: 1 KB
Memória de vídeo (VRAM): 16 KB
Vídeo: 256×192 pixels, até 16 cores simultâneas, 32 sprites, 8×8 ou 8×16 pixels
Áudio: mono, 3 canais de tom e 1 canal de ruído
Fonte: Olhar Digital