A Microsoft chegou a mais um acordo para uma distribuição justa de Call of Duty aos rivais. De acordo com o The Wall Street Journal, a Boosteroid, maior empresa independente de jogos em nuvem, também aceitou a proposta de licenciamento do jogo de tiro.
- A Nintendo e a Nvidia também aceitaram a condição, que garante a disponibilidade do CoD por 10 anos;
- A mesma proposta foi feita à Sony, dona do Playstation, mas a empresa ainda não respondeu ao acordo;
- Os contratos de licenciamento ocorrem como uma forma da Microsoft convencer reguladores da UE, Reino Unido e EUA de que não infringirá a lei antitruste.
A Boosteroid tem cerca de quatro milhões de usuários em todo o mundo, inclusive na União Europeia, no Reino Unido e nos EUA, sendo considerada uma importante plataforma para o consenso jurídico.
Desde que anunciou a aquisição da Activision Blizzard, a Microsoft enfrenta diversas investigações antitruste devido às autoridades acreditarem que a fusão das companhias pode prejudicar jogadores, além de consolidar ainda mais a forte posição da Microsoft no mercado — isso criaria um tipo de monopólio, resultando “em preços mais altos e menos inovações”.
Imagem: Call of Duty/Activision
A companhia vem, desde então, reforçando seu compromisso de conceder acesso igualitário e de longo prazo aos jogos do Call of Duty em plataformas rivais. A empresa já disse que também não está interessada em alienar parte dos negócios da Activision.
A Sony, a mais crítica da fusão, também recebeu a proposta de licenciamento. Em entrevista ao WSJ, Brad Smith, presidente da Microsoft, confirmou que eles e a dona do Playstation ainda não chegaram a um acordo. Discussões sobre o tema também não estão acontecendo.
“A razão pela qual queremos comprar a Activision Blizzard é completar nossos títulos para ter uma biblioteca mais completa, especialmente para ter mais títulos móveis onde não temos uma presença forte e construir um negócio de jogos mais forte”, disse Smith ao jornal, acrescentando que com certeza mais acordos serão assinados em breve.
Vale lembrar que a Microsoft enfrenta reguladores da Federal Trade Commission, dos EUA. Eles bloquearam o acordo de compra em dezembro de 2022. A Comissão Europeia, responsável pela regulamentação da concorrência na UE, tem até 25 de abril para decidir se aprova a aquisição, já o regulador do Reino Unido estabeleceu um prazo até 26 de abril.
Via: Olhar Digital