Mistério de “buraco” no meio do Oceano Pacífico é revelado
16/04/2024 08:42 em Ciência

Usuários do Google Maps se espantaram ao encontrar um grande “buraco” no meio do Oceano Pacífico enquanto navegavam na plataforma. À primeira vista, a misteriosa imagem parecia mostrar um enorme abismo sem fim. Entre várias teorias, alguns observadores sugeriram que se tratava de uma base militar obscurecida por razões de segurança nacional.

Um grande “buraco” misterioso foi encontrado no meio do Oceano Pacífico no Google Maps;

Usuários da plataforma criaram várias teorias para explicar a imagem, mas o abismo era, na verdade, apenas uma ilusão de ótica  que escondia uma floresta de pisonias na ilha de Vostok, na República de Kiribati;

As árvores de Pisonia são conhecidas por matar passáros marinhos, como o trinta-réis-preto;

Isso porque suas sementes  pegajosas grudam nas penas das aves e, algumas vezes, ficam tão pesadas que impedem que o pássaro saia do lugar e acabe morrendo de inanição;

Mesmo assim, as pisonias conseguem aproveitar as carcaças como adubo ou, em alguns casos, os corpos das aves cheias de sementes caem na água e vão parar no litoral, com a chance de que pelo menos uma delas acabe germinando.

 

A verdade, porém, foi finalmente revelada. Uma reportagem do jornal britânico Metro mostrou que o “buraco” nada mais é do que uma floresta de árvores de Pisonia localizada na ilha desabitada de Vostok, na República de Kiribati. Mas o local não deixa de ser intrigante, já que as pisonias são conhecidas como grandes assassinas de pássaros.

“Buraco” no Pacífico era floresta mortal

Com apenas 2,5 km², a ilha de Vostok não oferece exatamente um amplo território para que as pisonias espalhem suas sementes. Mas a espécie tem um truque para “viajar” a outros lugares: elas são transportadas por pássaros marinhos, como os trinta-réis-preto, que possui colônias espalhadas por todos os oceanos e mais concentradas no Pacífico. 

As sementes da pisonia são pegajosas e pesadas, e grudam nas penas das aves – que, em um cenário ideal, levantam voo e espalham os grãos por outros territórios. Algumas vezes, porém, os pássaros acabam com sementes demais presas em suas costas e não conseguem sair do lugar, morrendo tragicamente de inanição 

Apesar de perderem seu “meio de transporte”, as pisonias conseguem aproveitar as carcaças das aves como adubo. Também há a possibilidade, como explica o biólogo Alan Burger em um estudo publicado no Journal of Tropical Ecology, de que os corpos dos pássaros repletos de sementes caiam na água e flutuem até o litoral, com uma grande chance de que, no fim das contas, ao menos uma delas acabe germinando.

 

Via:Olhar Digital

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